O movimento sindical entregou uma proposta ao Itaú reivindicando que seja garantido aos aposentados isonomia com os funcionários ativos, em relação ao plano de saúde. A medida foi tomada após inúmeras denúncias de aposentados relatando os valores abusivos da mensalidade dos planos.
Após cessar o período da manutenção da parcela de contribuição do banco, garantido na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), os aposentados têm de arcar integralmente com o plano que, atualmente, possui custo superior a R$ 1.200, fora a coparticipação.
A proposta foi elaborada durante negociação entre aposentados, representantes dos trabalhadores e Itaú, realizada no dia 3 de dezembro, no Ministério Público do Trabalho (MPT). A expectativa é de que o banco avalie a proposta e dê um retorno aos aposentados no dia 13 de janeiro, quando haverá uma nova reunião entre as partes.
Confira as reivindicações ponto a ponto:
- Que seja garantido aos aposentados isonomia com os funcionários ativos, e os mesmos critérios de subsídios/custeio do banco Itaú Unibanco, da Fundação Itaú Unibanco de Previdência Complementar, Fundação Saúde Itaú, oferecido e praticado aos funcionários ativos;
- Que seja garantido aos aposentados para efeito de assistência médico-hospitalar o Plano Especial 1, como primeira opção;
- Que seja aplicado a título de reajustes na contribuição/custeio dos planos de saúde-hospitalares dos aposentados, o índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e que os reembolsos de consultas e exames tenham os mesmos critérios de reajuste das mensalidades.
- Que seja garantido aos aposentados, dependentes e agregados que se viram obrigados a se desligarem dos planos por impossibilidade de pagamento, o reingresso aos planos de saúde, nos termos desta proposta, estabelecendo-se um prazo de até 60 dias para adesão, a contar da assinatura desse acordo;
- Que seja garantido aos aposentados que estão vinculados aos planos: Plano Básico, Plano Especial, Plano Executivo, Plano Executivo I, Plano Executivo II e Plano Premium, um prazo de até 60 dias, a contar da assinatura deste acordo, para migrarem para o Plano Especial I;
- Que seja garantido aos aposentados à opção pela operadora Porto Seguro Saúde como a principal referência da promoção da assistência médico-hospitalar, por ser essa operadora contratada em 2012, pela Fundação Saúde Itaú, que oferece: “sua rede referenciada, composta por prestadores de serviços médico-hospitalares e laboratoriais, com objetivo de permitir aos beneficiários da Fundação o acesso aos serviços assistenciais de “saúde”, à nível nacional; ou outra operadora de referência em sua localidade geográfica, nas mesmas condições de atendimento e de preço. Que o banco e as fundações Saúde Itaú e Itaú Unibanco de Previdência Complementar apresentem a tabela atual dos custos e subsídios da Fundação Saúde Itaú;
- Considerando que vários funcionários se desligaram do banco através do PDV, findando nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2024 o benefício do Plano Saúde, que seja prorrogado o PDV durante o período de negociação no MPT;
- Qualquer reajuste nos planos de saúde, somente se aplicará, sem retroatividade, após esgotadas todas as negociações no MPT;
- Os valores de contribuição que foram cobrados à maior nesses últimos cinco anos, deverão ser ressarcidos aos aposentados, corrigidos na forma da lei;
- Solicitamos uma representação de aposentados no conselho da Fundação Saúde Itaú.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região espera que o Itaú atenda as reivindicações. Manter os subsídios/custeio do plano de saúde dos funcionários aposentados é um gesto de reconhecimento e responsabilidade com esses profissionais que dedicaram anos de suas vidas para o crescimento da instituição. Ainda mais considerando que ao chegar na terceira idade, eles entram em uma fase que demanda cuidados médicos frequentes, não podendo, de forma alguma, abdicar do plano.