Desde o dia 21 de maio, os caminhoneiros estão paralisados em todo o País. O principal item da sua pauta de reivindicações é a redução do preço dos combustíveis com o fim dos aumentos constantes aplicados pela Petrobras (foram quinze aumentos no período de apenas trinta dias que antecedeu o início do movimento).
O governo Temer tentou colocar fim à paralisação primeiramente pela via negocial. Publicou no Diário Oficial da União de segunda-feira, dia 28, uma medida provisória reduzindo em R$ 0,46 o preço do litro do diesel, além de isentar do pagamento de pedágio os caminhões vazios com eixo suspenso.
Embora essa proposta tenha agradado aos caminhoneiros autônomos, a paralisação continua, e o número de bloqueios em estradas aumentou para 521 locais na segunda.
Essa situação, somada ao inesperado apoio popular à paralisação, deixou o governo atordoado, a ponto de, num mesmo dia, o presidente Temer fazer dois pronunciamentos à nação.
Como a tendência é que a paralisação continue, Temer também já autorizou o uso até mesmo das Forças Armadas para desobstruir as estradas. Mais uma demonstração da fraqueza deste governo.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região apoia a luta dos caminhoneiros, mas ressalva que a luta tem de ser de toda a população: pela mudança da política adotada pelo governo na Petrobras (incentivo ao desmonte para depois privatizá-la) e pela redução imediata do preço dos combustíveis em geral.
Hoje, a administração da Petrobras segue os interesses dos investidores privados, que mandam na companhia através de Pedro Parente (o mesmo do “apagão” de FHC). Essa é a razão para que um país com a quantidade de petróleo do Brasil tenha um botijão de gás custando R$ 70.
Aproveitando o momento, os petroleiros já estão chamando paralisação de 72 horas a partir de quarta-feira, dia 30. O Sindicato espera que a CUT, que administra quase todos os sindicatos de bancários, faça o mesmo pela categoria, afinal, motivos não faltam para lutar.
(Bancários na Luta nº 30)