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Sindicatos da FNOB não assinam o novo aditivo da Fenaban

Bauru, Maranhão e Rio Grande do Norte farão uma ampla discussão com a base sobre o documento

17/12/2019

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Aconteceu no último dia 10, em São Paulo, a segunda reunião com a Fenaban sobre as mudanças que a Medida Provisória nº 905/2019 trouxe para a categoria bancária.

Os representantes dos bancos, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região e os sindicatos do Maranhão e do Rio Grande do Norte – ligados à Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB) – receberam a minuta de um acordo aditivo garantindo que, até 31 de dezembro de 2020, os bancos não vão aplicar as mudanças previstas pela Medida Provisória nº 905, como o aumento da jornada de trabalho e a permissão para trabalho aos sábados.

Em contrapartida, a Fenaban incluiu no documento a obrigatoriedade dos sindicatos se reunirem com os banqueiros antes de ajuizarem qualquer ação coletiva. Além disso, aperfeiçoaram, para eles, o mecanismo de compensar os valores ganhos em ações de 7ª e 8ª horas com os valores já recebidos pelos bancários a título de gratificação de função.

Hoje, 60% dos empregados de bancos privados trabalham 8 horas diárias. Nos bancos públicos, esse número é de 50%. Esses números mostram como o bancário é afetado pela assinatura desse aditivo, afinal, mais da metade da categoria ainda trabalha 6 horas e teria jornada estendida para 8 se o aditivo não for assinado. Já se o aditivo for assinado, o restante da categoria terá diminuição no valor pleiteado da 7ª e 8ª horas no Judiciário.

Contraf já assinou
Houve, ainda, duas outras mesas de negociação paralelas, uma com a Contraf/CUT e outra com a Contec. Ambas as confederações já assinaram o aditivo.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região considera uma falta de respeito a assinatura do acordo sem ele ter sido apresentado aos trabalhadores. Assim sendo, realizará nos próximos dias uma ampla discussão com a base sobre o conteúdo do aditivo, e só depois convocará uma assembleia para deliberar sobre a assinatura.

“A MP 905 nada mais é do que uma mini reforma trabalhista. É preciso resistir!”, afirma Paulo Tonon, diretor do Sindicato e bancário do Banco do Brasil.

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