No dia 25 de maio, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região se reuniu com a procuradora do Ministério do Trabalho, Guiomar Pessotto Guimarães, para reforçar a necessidade de um combate cada vez mais forte ao assédio moral na Caixa Econômica Federal.
Durante a reunião, foi apresentada ao Sindicato a íntegra do Termo de Ajuste de Conduta, que obriga os gestores da Caixa a executarem um pacote de medidas internas que visam melhorar o ambiente de trabalho e evitar situações similares no futuro. Está proibido qualquer ato de retaliação, coação ou constrangimento contra os empregados que denunciarem ou testemunharem casos de assédio na instituição. Em caso de descumprimento de alguma cláusula do acordo, haverá multa de R$ 5 mil, por cada cláusula desrespeitada.
Transferência
Poucos dias depois da reunião com o MPT, Antônio Minuk, até então superintendente regional da CEF, perdeu a função e foi transferido de Bauru.
Em julho do ano passado, antes dos casos de assédio praticados por Pedro Guimarães (ex-presidente do banco) se tornarem públicos, o Sindicato e outras entidades tiveram ciência de que integrantes da Superintendência Regional de Bauru estavam assediando moralmente os empregados da região, com ameaças de descomissionamento e transferências. Denúncias também relataram que diversos funcionários chegaram a solicitar aos gestores que fossem colocados em funções mais baixas, para não sofrerem mais cobranças abusivas e constrangimentos.
Por conta disso, na época, o Sindicato protocolou denúncia ao MPT e seguiu acompanhando o desenrolar do caso. Diante da transferência do superintendente e do Termo de Ajuste de Conduta apresentado, o Sindicato espera que agora o banco assuma verdadeiramente o compromisso de combater o assédio não somente no discurso junto ao MPT, mas no dia a dia das agências.