Nessa terça, dia 22, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região fez um protesto em frente ao Bradesco da rua Ezequiel Ramos para denunciar uma demissão injustificada ocorrida na semana passada, de um trabalhador com quase 8 anos de banco.
Os diretores da entidade fizeram uma reunião com os funcionários para explicar a importância do Brasil assinar a Convenção 158 da OIT, que veda demissões imotivadas. Também lembraram que muitas vezes não adianta se submeter a tudo que o banco exige e, por fim, apresentaram Mariene Assis, funcionária da agência, como nova diretora do Sindicato, eleita na última sexta-feira.
De acordo com seu mais recente balanço, relativo ao terceiro trimestre de 2018, o Bradesco fechou 2.529 empregos em 12 meses. No mesmo período, teve lucro líquido de R$ 17,8 bilhões. É o segundo maior banco privado do País, o terceiro mais rico entre todos, não tendo necessidade nenhuma de eliminar empregos.
Falta de funcionários
Para o Sindicato, a falta de funcionários é generalizada no Bradesco. Um exemplo disso é que o trabalhador demitido injustamente na semana passada, apesar de ser supervisor administrativo (cargo semelhante ao de tesoureiro, de 8 horas), atuava como caixa quase que diariamente.
Nas demais cidades da região não é diferente. Devido à sobrecarga de trabalho na agência Rio Grande do Sul, em Avaré, Roberval Pereira, diretor do Sindicato, cobrou do superintendente regional de Marília a contratação de um novo funcionário.
O regional se comprometeu a realizar a contratação e deslocou para a agência um empregado para ajudar temporariamente. “Seguiremos mapeando a falta de funcionários nas agências e cobrando soluções do banco”, afirma Roberval.