Talvez, o único ponto positivo da reforma trabalhista seja o fim da contribuição sindical – mais conhecida como “imposto sindical”, já que era obrigatória. Até o ano passado, no mês de março, todos os trabalhadores sofriam o desconto automático de um dia de trabalho (3,33% do salário).
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região sempre repudiou esse imposto. Através de uma ação judicial, evitou que ele fosse descontado entre 1993 e 2008, e depois que a Justiça cassou a liminar que impedia o desconto, a entidade passou a devolver todo ano a sua parte do dinheiro que era tomado do trabalhador (60% do valor).
Infelizmente, a maioria dos sindicatos não possui associados, já que não fazem trabalho de base, ou seja, não têm uma proximidade com os trabalhadores que dizem representar. Por isso, são obrigados a viver do dinheiro repassado pelo governo.
Agora, inúmeros sindicatos estão realizando assembleias ou indo à Justiça para tentar legitimar o desconto da “contribuição sindical” – inclusive os sindicatos da CUT, que se dizem contra o imposto. O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região não fará isso. Para a entidade, a contribuição tem de ser voluntária.