O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, em conjunto com os sindicatos do Rio Grande do Norte e do Maranhão – ambos também ligados à Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB) –, preparou uma cartilha para rebater a proposta do Banco do Brasil para a Cassi.
A proposta do BB é fruto de dois fatores. Um deles é a Resolução nº 23 da CGPAR, editada em janeiro pelo governo Temer para diminuir o valor que as empresas estatais federais gastam com os planos de saúde dos empregados. O outro fator é a ocorrência de consecutivos déficits anuais na Cassi.
No começo de junho, o banco abandonou a mesa de negociação com a Cassi e, após criticar o movimento sindical e desrespeitar o rito negocial, apresentou à diretoria executiva da Cassi uma nova proposta que sequer foi discutida com as entidades que representam os trabalhadores.
Basicamente, o banco propôs reduzir suas contribuições à Cassi e mandar a conta para os associados, aumentando as contribuições de ativos e aposentados e instalando a cobrança por dependentes.
Para aprovar sua proposta, o banco tem promovido inúmeras reuniões com os funcionários, tentando convencê-los que a única saída para a Cassi é o aumento da contribuição por parte do funcionalismo. Mentira!
A origem do déficit começou com o achatamento salarial dos funcionários na década de 1990. Se agravou com a diminuição do número de funcionários, com o aumento da pressão por lucratividade (o que levou ao aumento do número de adoecidos no banco) e com o calote promovido pelo BB, que não repassou à Cassi em 2008 os R$ 450 milhões acordados para o custeio dos dependentes indiretos – hoje, esse valor atualizado chega a R$ 700 milhões, o que sanearia, com sobras, o déficit atual do plano de saúde.
O Sindicato promoverá reuniões nas agências para a entrega da cartilha e, assim, fazer o contraponto aos argumentos do banco.
(Bancários na Luta nº 32)