O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região vai começar a devolver os valores referentes à sua parte da contribuição sindical de 2016.
Mais conhecida como “imposto sindical”, a contribuição era recolhida todo mês de março de todos os trabalhadores com registro em carteira e correspondia a 3,33% do salário. Depois de recolher esse dinheiro, o governo ficava com 10% (Ministério do Trabalho) e repassava os outros 90% para centrais sindicais (10%), confederações (5%), federações (15%) e sindicatos (60%). A contribuição foi extinta em novembro do ano passado, quando a reforma trabalhista entrou em vigor (Lei nº 13.467/2017), o que significa que já não foi recolhida em março deste ano.
O que aconteceu?
Em janeiro de 2016 houve a eleição da Diretoria do Sindicato. Até então, a chapa vencedora, ligada à FNOB (Frente Nacional de Oposição Bancária), não era majoritária na entidade. Com diversas ideias novas, a chapa não pôde colocar em prática tudo que idealizou, pois enfrentou uma feroz tentativa de golpe orquestrada pelos membros da chapa derrotada, que cooptou meia dúzia de diretores eleitos pela FNOB.
O resultado desse ataque foi a demissão da diretora Priscila Rodrigues, a suspensão do contrato de trabalho da diretora Michele Montilha e o bloqueio de mais de R$ 100 mil da conta do Sindicato, por causa de contratos alterados irregularmente.
Após retomar o controle da entidade através de assembleias, os diretores da FNOB conseguiram, com a entrada de honorários advocatícios, restaurar o caixa do Sindicato e, enfim, devolver o imposto de 2016. O Sindicato segue contrário a qualquer taxa cobrada compulsoriamente do trabalhador.