No início deste mês, o Santander admitiu que está terceirizando seu setor de investimentos, o Quarteirão de Investimentos. A mudança ocorre de maneira impositiva.
Segundo o banco, os trabalhadores serão “convidados” a aderir ao processo e, caso aceitem, serão demitidos sem justa causa e recontratados pela Corretora de Valores (empresa do grupo), nesse primeiro momento, pelo regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Caso o bancário não aceite a mudança, ele deverá procurar outra vaga no banco, de acordo com a sua qualificação. Questionado pelo movimento sindical a respeito de valor de salário, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e demais direitos dos bancários na corretora, o Santander afirmou que haverá conversas com cada trabalhador sobre essas questões. O processo de terceirização deve ser finalizado em até 60 dias.
De acordo com denúncias, o Santander tenta ludibriar os trabalhadores, afirmando que eles serão ‘sócios’ da empresa e que esse novo modelo de negócio trará vantagens para eles e para os clientes.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a terceirização do setor de investimentos do Santander não passa de uma manobra do banco para pagar salários menores aos trabalhadores e retirar os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria. Vale lembrar que esse ataque é fruto da reforma trabalhista, aprovada durante o governo Temer, que facilitou amplamente a terceirização e flexibilizou direitos trabalhistas. Inaceitável!