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Santander ocupa a 18ª posição no ranking de entidades que fornecem dinheiro a empresas ligadas à destruição da Amazônia

14/10/2024

Bancos: Santander

Crédito: Cícero Pedrosa Neto/ Amazônia Real

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Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Inovação e Propósito Público (IIPP) da University College London (UCL) e pelo Global Systems Institute (GSI) da Universidade de Exeter, apontou que o Santander está na 18ª posição do ranking de entidades que mais financiam o desmatamento da Amazônia, com cerca de 9,5 bilhões de dólares (2,1% do total, 455,5 bilhões de dólares).

Segundo o levantamento, denominado de “Interações do sistema financeiro com pontos de inflexão dos ecossistemas”, só entre 2014 e 2023, bancos de todo o mundo destinaram pelo menos 515,7 bilhões de dólares a empresas ligadas ao desmatamento da Amazônia brasileira e das turfeiras indonésias.

Ao todo, 39 empresas dedicadas à produção de soja, carne bovina, óleo de palma e celulose para exportação estão potencialmente ligadas a mais de 300 mil hectares de desmatamento na Amazônia brasileira e a mais de 2 milhões de hectares de plantações agrícolas em turfeiras indonésias.

O Santander mantém negócios com diversas empresas. A principal delas é a Engelhart, dedicada ao comércio de matérias-primas e responsável pelo desmatamento de 432 hectares. Ela obteve financiamento de 793 milhões de dólares. A instituição está vinculada também as multinacionais de carnes Minerva e Marfrig que, respectivamente, desmataram 33.289 e 28.171 hectares da Amazônia brasileira no período estudado. No caso da Marfrig, o Santander é o seu quinto maior financiador (9,9%), com cerca de um bilhão de dólares.

Em declarações ao portal de jornalismo independente La Marea, o Santander defendeu estar há anos trabalhando para apoiar a proteção da floresta amazônica. Afirmou também que realiza revisões diárias do desmatamento nas pecuárias e fazendas que recebem empréstimos e que elas não ocupam terras indígenas “oficialmente reconhecidas”. Contudo, quando questionado sobre o ranking, preferiu não se pronunciar.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a conduta do Santander é vergonhosa e antiética! Ao financiar empresas que promovem o desmatamento, o banco está contribuindo diretamente para a destruição de um dos ecossistemas mais importantes e biodiversos do mundo. A Amazônia é fundamental não só para a regulação climática global, mas também para as comunidades indígenas e populações que dependem de seus recursos. Além disso, o desmatamento coloca em risco inúmeras espécies de animais e plantas que só existem naquela região.

É urgente que o Santander desenvolva responsabilidade socioambiental e reavalie suas políticas de financiamento, adotando critérios ambientais rigorosos e transparentes. Chega de lucrar à custa de destruição!

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