As consequências da reestruturação do Santander, que provocou diversas alterações nas funções dos bancários e aumentou ainda mais a precariedade do trabalho, não param de acontecer. Nas últimas semanas, três empregados pediram demissão do banco.
Os pedidos de desligamento ocorreram em Arandu, Taquarituba e Itaí. Em um desses casos, o bancário trabalhava há apenas 23 dias no banco, o que demonstra a verdadeira decepção do funcionário.
Anos atrás, o sonho de muitos brasileiros era seguir a profissão de bancário. Salários altos, comissões, benefícios, carreira em ascensão e emprego duradouro eram algumas das características da profissão. Contudo, ao longo dos anos, o que era sonho, virou frustração.
Demissões sem justificativa, desvalorização profissional, alterações de funções, sobrecarga de trabalho, desvio de função, assédio moral e cobranças abusivas são algumas das práticas do Santander que tem decepcionado os poucos trabalhadores que ainda restam nas unidades. No limite do esgotamento e insatisfação, muitos decidem por deixar o emprego – antes tão almejado e de difícil acesso. Outros, seguem adoecidos e amedrontados pela constante incerteza que envolve o dia a dia no Santander.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região repudia o verdadeiro desmonte que vem ocorrendo com mais intensidade neste ano no Santander. A entidade pretende organizar um novo protesto na região e intensificar as mobilizações da Campanha Salarial, que vão fortalecer a luta pela manutenção de direitos e contra os abusos e demissões no banco.