Incerteza. Esse é o sentimentos dos bancários da Caixa Econômica Federal após o vazamento da informação de que o banco prepara uma nova reestruturação.
De acordo com informações obtidas extraoficialmente, para o “alinhamento da Matriz com a Rede” e a “garantia do padrão na execução das diretrizes corporativas”, a Caixa pretende alterar sua estrutura, extinguindo funções e enfraquecendo o seu papel social. Dentre as medidas a serem tomadas estão o fechamento de agências e postos de atendimento e a criação de unidades para atender clientes de alta renda.
A reestruturação deve reduzir o número de superintendências (Sure) de oito para seis – as Sure passarão a se chamar Superintendências Nacionais de Varejo (SUV) – e reduzir também o número de superintendências regionais das atuais 84 para 54. Há boatos de que a SR Bauru vai virar uma representação.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região defende transparência na reestruturação, que foi comunicada apenas aos superintendentes no início de dezembro, sem prévia discussão com sindicatos. Até hoje os empregados não foram informados sobre o que ocorrerá de fato.
Reunião
No dia 15 aconteceu em Brasília mais uma reunião entre representantes da Caixa e dos empregados. De acordo com a notícia publicada no site da Contraf no dia 17, “o encontro foi marcado por seguidas negativas da Caixa às reivindicações dos trabalhadores”.
Os representantes da CEF afirmaram que, já se preparando para a reestruturação, o banco suspendeu novas nomeações, mas negaram que as mudanças já estão definidas – falaram apenas que estudos estão sendo feitos por um grupo de trabalho, com a participação de empregados.
“O Sindicato seguirá protestando contra o governo Bolsonaro, que pretende vender as áreas de seguros e cartões da Caixa”, afirma Alexandre Morales, empregado do banco público e diretor do Sindicato.