Publicado no site Brasil Debate, um estudo da cientista social e técnica do Dieese Barbara Vallejos e dos economistas Euzebio de Sousa e Ana Luíza de Oliveira mostra que, de novembro de 2017 – quando entrou em vigor a nova lei trabalhista (Lei nº 13.467) – até julho deste ano, foram gerados apenas 50.545 postos de trabalho formais. Os autores do estudo destacam que o resultado é irrisório frente ao fechamento de 2,9 milhões de empregos com carteira entre dezembro de 2014 e dezembro de 2017, uma média de 79,5 mil postos a menos por mês, durante 36 meses. Os dados são do Ministério do Trabalho.
O estudo também ressalta que não é apenas a insuficiência da geração de postos formais que preocupa. “A qualidade dos postos é o ponto crítico no pós-reforma: foram gerados 26.300 postos intermitentes e 13.320 parciais no período (saldo). Ou seja: 78,4% do saldo de empregos formais gerados desde novembro foi em contratos ‘atípicos’ e precários, que passam a ser reconhecidos pela Reforma Trabalhista.”
Esses contratos precários concentraram-se em setores econômicos com maior rotatividade e menores salários: 62% do saldo de emprego com contratos intermitentes foram nos setores de Comércio ou Serviços, com menores salários. Além disso, esse setor também é o segundo com maior diferença salarial entre admitidos e desligados (-16,35%), o que estimula a rotatividade.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, está mais do que evidente a mentira que foi a promessa de gerar milhões de empregos com a reforma trabalhista. A realidade é a precarização do trabalho para os empregados e mais lucro para os patrões.