As condições de trabalho nos bancos e o adoecimento mental dos bancários foram tema de uma audiência pública realizada no dia 26, pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal.
No debate, foi ressaltado que os bancários representam 1% dos empregos formais no Brasil, mas são 24% dos afastados por doenças mentais e comportamentais no país.
Apesar da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ter negado o vínculo direto do adoecimento dos bancários com o ambiente laboral, propôs a criação de um grupo de trabalho com duração de 100 dias para discutir os problemas da categoria elencados na audiência.
Assédio
Ações de combate à violência contra as mulheres também foram discutidas. A senadora Augusta Brito (PT/CE) lamentou o preconceito sofrido pelas bancárias. “Ela [a mulher] é sempre julgada, em qualquer espaço que seja. Como ela se veste, como pinta o cabelo, se faz a unha, se fala alto, se fala baixo, como se comporta. Esse julgamento sobre nós, mulheres, e a nossa participação, seja em qual espaço for, é um fator que adoece”, disse.
Para a senadora, casos de assédio moral e sexual acontecem por essa “construção do machismo, que obriga a mulher a ter sempre que provar mais do que o homem, provar que ela pode estar naquele espaço, que ela está ali porque ela realmente tem capacidade e competência para estar e não porque ela vai ser uma figura decorativa”.
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