A revista Veja desta semana traz uma curta entrevista com João Vitor Menin, o presidente do banco digital Inter. Na verdade, para o executivo, “hoje não nos consideramos um banco”, e “quem focar apenas em ser um banco digital vai ficar para trás”.
Ao mencionar que quer levar aos brasileiros produtos e serviços financeiros e não financeiros com preços baixos, o repórter questiona como é possível ter baixos custos, e Menin responde: “Por que um banco precisa ter 5.000 agências? A pandemia mostrou: não precisa. Agências são um peso morto.”
Ele também fala que não vê os grandes bancos como concorrentes, pois “eles cobram muito, entregam serviços ruins e têm um modelo de negócio antagônico ao nosso”. E prevê: “Com o tempo, as pessoas vão preferir cada vez mais as plataformas digitais.”
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, Menin vive em outra realidade. As agências são imprescindíveis para a grande maioria da população e vão continuar existindo, apesar de seus custos.
É a esses locais que o povo de verdade vai quando precisa de auxílio. Basta ver quem estava na linha de frente pagando aos mais necessitados o auxílio emergencial do governo no período mais grave da pandemia.