O Dia Internacional de Combate às Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort), em 28 de fevereiro, foi criado há 20 anos com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para esse problema que atinge milhares, talvez milhões, de trabalhadores todos os anos.
O que são as LER/Dort
As lesões por esforços repetitivos (LER), atualmente, são mais precisamente chamadas de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort) — ou, ainda, de lesões por traumas cumulativos (LTC), ou de afecções musculares relacionadas ao trabalho (Amert).
Há vários distúrbios abrigados sob esses rótulos, tais como a tendinite, a tenossinovite, a bursite, a epicondilite, a síndrome do túnel do carpo, o dedo em gatilho, a síndrome do desfiladeiro torácico, a síndrome do pronador redondo, as mialgias…
Em comum, eles afetam músculos, nervos e tendões, principalmente dos membros superiores, sobrecarregando o sistema musculoesquelético.
Dentre os problemas desencadeados pelos distúrbios estão dores e inflamações que podem alterar a capacidade funcional da região comprometida. Ou seja: a depender do seu estágio, um distúrbio osteosmuscular pode ser praticamente irreversível, tornando o trabalhador incapacitado para o resto da vida.
Causas
As causas consistem em mecanismos de agressão que vão desde esforços repetidos continuadamente ou que exigem muita força na sua execução, até vibração, postura inadequada e estresse.
As pessoas com maior risco de serem acometidas de LER/Dort são as que trabalham com computadores, em linhas de montagem e de produção, que operam britadeiras, digitadores, músicos, esportistas, pessoas que fazem trabalhos manuais (tricô e crochê, por exemplo), entre outras.
Pandemia
Há médicos e pesquisadores que observaram, neste período da pandemia, um crescimento no número de casos de LER/Dort, muito por conta do home office adotado às pressas. Ambientes inadequados somados a metas crescentes e a jornadas de trabalho desreguladas favorecem o surgimento ou o agravamento dos distúrbios.
Além do agravamento de alterações de sono, episódios depressivos, crises de ansiedade e exaustão, as pessoas passaram a se queixar de dores nos membros superiores e coluna.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região e o movimento sindical como um todo têm negociado com os bancos acordos específicos de home office. Além de regulamentarem questões importantes como a jornada de trabalho, alguns deles preveem o fornecimento de mobiliário e de equipamentos adequados, além de ajuda de custo ao empregado.
Procure tratamento o quanto antes
Por medo de perder o emprego, é comum que trabalhadores com dores adiem a busca por tratamento médico. Ao fazer isso, só estão agravando a situação. A orientação do Sindicato é que procurem tratamento adequado o quanto antes, de modo a não comprometer sua saúde.