O Itaú demitiu 36 bancários da Superintendência de Atendimento aos Órgãos Legais, área que responde reclamações de órgãos externos como, por exemplo, o Procon e o Banco Central. A demissão em massa ocorreu na segunda-feira passada, dia 16.
A medida faz parte de mais uma reestruturação organizacional. Desde o ano passado, o Itaú tem terceirizado várias centrais de atendimento (GAC, Chat PF, 30 Horas, entre outras). Em agosto, o banco terceirizou a Central de Gerentes, localizada no CTO, concentração bancária do Itaú em São Paulo, demitindo aproximadamente 200 trabalhadores.
Ao contrário do que ocorreu em alguns casos dessas terceirizações, o banco não ofereceu aos funcionários desligados da Superintendência de Atendimento aos Órgãos Legais oportunidade de realocação.
Sobrecarga de trabalho
Segundo o movimento sindical paulista, a Superintendência pedia, constantemente, que os funcionários estendessem a jornada na semana e também aos finais de semana. Na maioria das vezes, o pedido era feito pelos gestores em fóruns abertos, como o chat da equipe no Teams e no grupo de funcionários no WhatsApp.
A prática não condiz com a decisão do banco em demitir 36 bancários. Afinal, a quantidade de horas extras exigidas demonstra que há demanda de trabalho na área.
Agudos
Na última sexta-feira (20), o Itaú de Agudos demitiu imotivadamente uma bancária que atuava na tesouraria da agência. O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região já está oferecendo apoio jurídico à trabalhadora, que tinha 9 anos de banco.
A entidade repudia as demissões em massa que vem ocorrendo no Itaú. Um banco que nos primeiros seis meses do ano lucrou R$ 17,2 bilhões, com alta de 14,2% em relação ao mesmo período de 2022, não tem motivos para desempregar.