Estamos estarrecidos com a notícia da demissão por justa causa do colega Marcos Martins Trujilho, de Minas Gerais. É repugnante que o Banco do Brasil, durante a gestão de um governo que se diz democrático, demita um funcionário por expressar críticas ao banco nas suas redes internas.
Essa demissão se soma a outras práticas antissindicais, como abertura de vários processos GEDIP´s por opiniões críticas expressas na Intranet, demissão por justa causa de um ex-dirigente sindical e uma ex-delegada sindical do Rio Grande do Sul e ainda a complacência com o agressor de uma colega da Bahia durante um piquete de greve.
Temos a certeza que essas atitudes não acontecem por acaso, os bancários do BB expressaram sua indignação e sua disposição de luta durante a campanha salarial. Apesar do boicote da CONTRAF/CUT e da CONTEC, a maior parte do País rejeitou o acordo coletivo e estados como RN, MA, CE, BA, PB, RJ e PA foram à greve durante a campanha salarial. Nesse processo as redes internas do banco se transformaram em importantes mecanismos para o funcionalismo expressar sua indignação.
Nesse sentido a direção do Banco do Brasil toma uma medida preventiva: quer evitar a mobilização do funcionalismo na reestruturação que vai acontecer no final do ano. É inaceitável que o BB aplique a política do medo e do terror para silenciar os trabalhadores.
As entidades e movimentos abaixo exigem a imediata reversão da demissão e a suspensão de demais medidas repressivas.
O governo Lula não pode continuar cúmplice com esta política de intimidações à livre expressão dos bancários do BB.
Assinam a nota: Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB) – composta pelo Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, Sindicato dos Bancários do Maranhão e pelo Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte -, Bancários Podem Mais, Coletivo do BB, TLS, MNOB e CSP-Conlutas.