Com início marcado para as 16 horas, acontece nesta quarta-feira (19) a audiência de instrução no âmbito da ação civil pública que o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região ajuizou em novembro de 2018 pedindo que o Banco do Brasil pague como horas extras as 7ª e 8ª horas trabalhadas diariamente pelos 24 gerentes de relacionamento pessoa física lotados no Escritório de Negócios Exclusivo (também conhecido como “escritório digital”).
A audiência desta quarta-feira foi agendada em março pelo juiz Paulo Bueno Cordeiro de Almeida Prado Bauer, da 4ª Vara do Trabalho de Bauru.
Além das 7ª e 8ª horas, a entidade pede que a jornada desses trabalhadores seja reduzida para seis horas, sem redução de salário. Para o Sindicato, os chamados “gerentes de relacionamento PF” do escritório digital exercem tarefa semelhante à dos operadores de telemarketing, cuja jornada é de seis horas.
Na ação, o Sindicato afirma que, apesar da nomenclatura do cargo, esses gerentes não exercem função de confiança, e, portanto, não podem ter jornada de oito horas.
A entidade destaca, ainda, que os trabalhadores do telemarketing, assim como os bancários, têm jornada especial de seis horas justamente porque também exercem uma atividade que causa esgotamento físico e psicológico. Inclusive, o Sindicato já tem conhecimento de um gerente que começou a ter perda auditiva causada pela quantidade de horas que passa ao telefone.
Projeto é esvaziar agências
Depois do “escritório digital”, o BB ainda abriu o “escritório leve”, que tem a mesma proposta: a de fazer com que os funcionários trabalhem ao telefone durante uma jornada estendida. Sendo assim, o Sindicato ainda deve ajuizar uma ação semelhante para os funcionários lotados nessa unidade.
Para o Sindicato, o Banco do Brasil tem um projeto de tirar os clientes das agências para que, cada vez mais, os funcionários passem a atuar nos moldes do telemarketing, fazendo assessoria e vendendo produtos.