Uma pesquisa realizada por entidades sindicais junto a pesquisadores do Instituto de Psicologia da UnB (Universidade de Brasília) aponta que o modelo de gestão dos bancos do País adoece os trabalhadores, especialmente em relação à saúde mental.
Os cerca de 80% dos 5.803 funcionários do ramo financeiro que participaram do estudo “Avaliação dos Modelos de Gestão e das Patologias do Trabalho Bancário” afirmaram ter tido ao menos um problema de saúde relacionado ao emprego no último ano. Quase metade desse percentual está em acompanhamento psiquiátrico – sendo que, destes, 91,5% utilizam medicações prescritas pelo profissional especializado.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru, os dados são extremamente preocupantes pois revelam que os trabalhadores estão submetidos a um modelo de gestão que afeta negativamente a saúde mental, principalmente em decorrência da pressão para cumprimento de metas, hierarquia rígida e uso de ameaças como ferramenta para intensificar a competitividade e o produtivismo, deixando-os sobrecarregados.
Por isso, o Sindicato avalia ser preciso implementar cláusulas no acordo coletivo da campanha salarial de 2024 para obrigar os bancos a pararem de sobrecarregar e assediar os trabalhadores.