O setor bancário perdeu 634 postos de trabalho em julho. De outubro de 2022 a julho deste ano, houve uma redução de 6.273 postos de trabalho na categoria bancária. As informações foram apuradas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Segundo uma das responsáveis pela pesquisa, houve redução de postos de trabalho tantos nas pequenas agências bancárias quanto nas matrizes, onde há alocação de grande número de trabalhadores. Os dados de 2023 mostram que, de janeiro a julho, 61,09% dos postos de trabalho reduzidos (3.494) foram em estabelecimentos com até 50 empregados e 22% (1.258) nas unidades com mais de 1.000 trabalhadores.

Perdendo espaço

O setor também vem perdendo espaço no ramo financeiro. Enquanto os bancários veem por dez meses consecutivos as vagas serem reduzidas, outras categorias do ramo seguem em crescente. Dentre essas atividades que apresentaram maior saldo positivo em julho, destacam-se o crédito cooperativo (+1.038 postos); as atividades de intermediários em transações de títulos, valores mobiliários e mercadorias (+575 postos) e planos de saúde (+250 postos).

Somente em julho, foram abertos 1.866 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, foram criados 15,8 mil postos de trabalho, uma média de 1,3 mil postos/mês.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, os bancos vão em sentido oposto aos dados do ramo financeiro e até mesmo do País. No dia 2, o Ministério do Trabalho e Previdência divulgou que foram abertas em agosto 220.844 vagas formais em todo o Brasil, o que representa um aumento em comparação com o mês anterior.

A redução de postos de trabalho é inadmissível, ainda mais ao levar em conta o poder aquisitivo dos bancos e a necessidade e importância do serviço da categoria.