Apesar de terem firmado com o movimento sindical um acordo para não demitir durante a pandemia, os três maiores bancos privados do Brasil já demitiram aproximadamente 1,3 mil trabalhadores desde junho. É o que afirma uma reportagem da Rede Brasil Atual, com dados do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
De acordo com a reportagem, o Santander mandou pro olho da rua 1.063 empregados desde junho, o Bradesco “começou com o processo de dispensas em outubro, atingindo 70 trabalhadores” e “no Itaú, foram quase 200 bancários despedidos”.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região destaca que esses três bancos tiveram, somados, lucro líquido da mais de R$ 21 bilhões somente no primeiro semestre! Num momento tão delicado do mundo, é certo que Itaú, Bradesco e Santander poderiam dar sua contribuição à sociedade mantendo esses trabalhadores empregados.
Dias atrás, o Bradesco enviou aos empregados um comunicado sobre um tal de “benefício adicional no desligamento” para quem for demitido sem justa causa até 30 de novembro — o “benefício” consiste em manter os planos de saúde e odontológico por seis meses a mais do que é obrigado. Para o Sindicato, o comunicado é um claro indício de que o processo de demissões no Bradesco está apenas começando.
Demissão em Avaré
Como se não bastassem os anúncios do Itaú e do Bradesco de que vão fechar, cada um, uma de suas agências em Avaré, o Sindicato recebeu na manhã de hoje, 6, a notícia de que o Santander demitiu mais um bancário no município. Em meados de setembro, o banco espanhol demitiu um trabalhador em Avaré e outro em Piraju. Vergonha!