No último dia 17 de abril, durante reunião entre representantes dos trabalhadores, do movimento sindical e do Itaú, três importantes solicitações da categoria bancária foram acatadas pelo Grupo de Trabalho da Junta Médica do banco. As sugestões haviam sido apresentadas no encontro do dia 03 de abril, visando promover ajustes no funcionamento das juntas médicas às quais os bancários são submetidos, de acordo com a cláusula 29 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
A principal delas foi em relação a possibilidade de acompanhantes presenciais com os bancários nas juntas médicas, que antes era proibido. O Itaú reconheceu que era importante a garantia deste direito, quando houver necessidade tanto física, quanto psíquica. Basta que o nome, o CPF e o grau de parentesco do trabalhador sejam indicados expressamente no início da junta. A única problemática é que este acompanhante não poderá se manifestar sobre a saúde do bancário no decorrer do procedimento.
Recentemente, uma bancária da base territorial do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, afastada passou por uma perícia médica do banco e não foi autorizada a participação do seu médico assistente. Portanto, é um avanço que um parente possa acompanhar o bancário adoecido. Mas, a medida está longe do ideal.
Contatos
Outra reivindicação atendida pelo banco é relativa ao prazo mínimo entre a última tentativa de contato com o trabalhador e uma possível suspensão de sua complementação salarial. Neste sentido, o Itaú propôs que o prazo inicial fosse de 15 dias, a partir do começo do processo da junta médica, com possibilidade de chegar até 35 dias, dependendo do caso.
Para a comunicação, além de cópia das tentativas de contatos com os sindicatos, ficou estabelecido que elas poderão ser feitas por telefone, aplicativo WhatsApp, e-mail e até três envios de telegrama, de acordo com o padrão dos Correios.
Por fim, também ficou estabelecido que, caso não for possível contactar o bancário adoecido, será estudada a melhorar maneira de conduzir a situação específica, antes de qualquer medida do banco. Dependendo da patologia e da dificuldade em que o trabalhador se encontrar, seu caso será avaliado individualmente.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o Itaú agiu de forma adequada em ouvir e atender parte das demandas do movimento sindical para diminuir as dificuldades dos trabalhadores que enfrentam problemas de saúde.