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Guerra entre Hamas e Israel: EUA veta proposta humanitária do Brasil

23/10/2023

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Os Estados Unidos vetaram a proposta apresentada pelo Brasil ao Conselho de Segurança da ONU, que pedia, dentre onze pontos, um corredor de ajuda humanitária e outras iniciativas para socorrer milhares de civis da Faixa de Gaza.

O veto, pelas regras da ONU, era suficiente para barrar qualquer decisão. Para ser aprovada, uma resolução no Conselho precisa de pelo menos nove votos dos 15 membros do órgão. Apenas cinco países têm direito de vetar uma proposta: EUA, China, Rússia, Reino Unido e França. O texto brasileiro teve 12 votos de apoio, sendo eles: Brasil, França, Malta, Japão, Gana, Gabão, Suíça, Moçambique, Equador, China, Albânia, e Emirados Árabes. Os países Rússia e Reino Unido se abstiveram.

O embaixador do Brasil na ONU, Sérgio Danese, lamentou a decisão contra ajuda humanitária. “Silêncio e inação prevaleceram, para o interesse de ninguém no longo prazo de ninguém”, disse. De acordo com ele, a visão do governo brasileiro “sempre esteve no imperativo humanitário”.

Confira os 11 pontos da proposta enviada pelo Brasil:

  1. A condenação veemente a “toda violência e hostilidade contra civis e a todos os atos de terrorismo”.
  2. A condenação “inequívoca dos ataques terroristas hediondos perpetrados pelo Hamas que tiveram lugar em Israel a partir de 7 de outubro de 2023 e a tomada de reféns civis”.
  3. A “libertação imediata e incondicional de todos os reféns civis, exigindo a sua segurança, bem-estar e tratamento humano, em conformidade com o direito internacional”.
  4. Que todos os lados cumprissem totalmente com suas obrigações diante das leis internacionais, inclusive àquelas de direitos humanos e humanitários, de proteção a civis e a trabalhadores humanitários e de garantia de ajuda humanitária para os necessitados.
  5. A provisão contínua de bens e serviços essenciais a civis, “incluindo eletricidade, água, combustível, comida e suprimentos médicos”, que garantam que os civis não estejam desprovidos de itens essenciais para a sobrevivência.
  6. A rescisão da ordem de evacuação das áreas ao norte de Gaza dada a civis e funcionários da ONU.
  7. Pausas para acesso de agências humanitárias, bem como estímulo ao restabelecimento de corredores humanitários e outras iniciativas de ajuda humanitária para auxílio a civis.
  8. O reforço da importância de mecanismos de notificação humanitários para proteger instalações da ONU e de demais postos humanitários, além de garantir a movimentação de comboios de ajuda.
  9. Respeito e proteção, em conformidade com o direito humanitário internacional, “de todo o pessoal médico e do pessoal humanitário exclusivamente envolvido em tarefas médicas, dos seus meios de transporte e equipamento, bem como dos hospitais e outras instalações médicas”.
  10. Ênfase na importância de evitar repercussões na região e, neste contexto, “apela a todas as partes para que exerçam a máxima contenção e a todos aqueles que têm influência sobre elas a trabalharem para atingir este objetivo”.
  11. A decisão de “continuar envolvido na questão”.

Guerra

O número de mortos em decorrência do atual conflito entre Hamas e Israel – que teve início em 7 de outubro – chegou a 4.942, até a última quarta-feira (18). Segundo o Ministério da Saúde da Palestina e o canal internacional de notícias Al Jazeera, são 3.542 palestinos da Faixa de Gaza e Cisjordânia e 1.400 israelenses. e o Al Jazeera. Os feridos somam mais de 17.775, sendo 12.000 na Faixa de Gaza, 1.300 na Cisjordânia e 4.475 em Israel.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região lamenta profundamente a decisão do EUA em vetar a proposta humanitária brasileira. Proteger centenas de milhares de civis, que estão passando fome, sede, medo e correndo risco de vida em meio a esse conflito atroz e sem perspectiva de fim, é uma medida urgente e não deveria ser negada.

 

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