Mais uma vez, os banqueiros e os pelegos da Contraf/CUT/PT querem que os bancários engulam uma convenção coletiva válida por dois anos, com reposição da inflação mais “aumento salarial” da ordem de 1% neste ano e também no ano que vem.
Além do aumento miserável, considerando-se o crescimento dos lucros do setor financeiro, outro absurdo é que a CCT não trará nenhuma cláusula que proteja os bancários da nova lei trabalhista e da terceirização.
A pelegada cutista/petista tinha de lutar pela inclusão de cláusulas que barrassem os efeitos mais nefastos da reforma trabalhista. Mas está claro que eles não estão minimamente preocupados com isso.
Ou seja: as novas formas de contratação estão à disposição dos banqueiros, assim como a redução de jornada e salário (jornada intermitente), o home office (teletrabalho), o banco de horas de seis meses e a terceirização. A jornada intermitente, sozinha, já será capaz de reduzir drasticamente a média salarial da categoria.
O chamado “aumento real” e a tal da “renovação” dos direitos da CCT não são suficientes no novo cenário brasileiro, pós-reforma trabalhista e de terceirização irrestrita.
Além disso, a categoria bancária está ciente do prejuízo que acarretou a aprovação de um acordo bianual em 2016, com uma redução brutal de mais de 7 mil postos de trabalho bancário em 2017, o ano sem greve.
Nas assembleias que vão acontecer nesta semana, a categoria precisa rejeitar essa proposta dos banqueiros.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região convoca todos os trabalhadores para se reunirem na praça Rui Barbosa amanhã, dia 27, a partir das 8h30, para participarem de um grande ato contra esse teatro pelego. Precisamos nos organizar e, para isso, é fundamental a presença de cada bancário!
À luta!