A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) afirmou no dia 2, durante negociação com o movimento sindical, que não garante que irá manter o percentual de pessoas em teletrabalho. Atualmente, 143 mil bancários trabalham nessa modalidade, ou seja, 33% da categoria.
De acordo com a Federação, 91% dos funcionários estão no modelo híbrido (trabalho remoto e trabalho presencial) e 9% no modelo totalmente remoto.
Verbas
Levando em conta a inflação e o aumento dos itens que impactam o teletrabalho, como despesas domésticas, ar-condicionado, aluguel, energia elétrica e plano de telefonia móvel, o movimento sindical reivindicou a ampliação do valor da ajuda de custo aos trabalhadores que atuam em home office. Em 2023, o valor pago foi de R$ 1.084,29/ano ou R$ 90,36/mês.
Segundo relatório do Dieese, em comparação a outras categorias, as verbas destinadas pelos bancos é baixa. Em 13 acordos analisados pela entidade, a média é de R$ 141/mês. Há também bancos que pagam mais do que os outros, como no caso do JP Morgan, chegando a R$ 210/mês, e o Banco Paulista, com R$ 364,40/mês.
Despesas administrativas
Entre 2019 e 2023, os cinco maiores bancos do país reduziram as despesas administrativas (com aluguel, água, energia, gás, materiais, reparação, segurança e vigilância) em 17%. Somente entre 2022 e 2023, essa redução foi 3%.
A FNOB (Frente Nacional de Oposição Bancária), a qual o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região é ligado, reivindica a garantia do direito ao home office a todos os empregados administrativos e de escritórios que assim optarem, e a no mínimo 20% dos trabalhadores das agências. A verba solicitada para cobrir as despesas, como planos de telefonia e de internet, aumento dos custos de luz e de água e adequações mobiliárias e ergonômicas, é de R$ 500 mensais.