A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) ofereceu proposta de 100% do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) nos salários e demais verbas dos bancários. O reajuste seria validado somente em janeiro de 2025. Desta forma, a antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) seria paga sem a correção.
Apesar da Contraf-CUT rejeitar a proposta ainda na mesa de negociação, seguiu inerte aos ataques dos banqueiros e não convocou imediata assembleia para deflagração de greve. Pelo contrário, agendou para o dia 4 setembro, dias depois da data-base da categoria (1º de setembro), quando o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) já estará vencido.
Entenda o teatro
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, os banqueiros e a Contraf-CUT estão repetindo o mesmo teatro das campanhas salariais anteriores. Durante meses, eles encenam negociações sobre cláusulas sociais e econômicas para, às vésperas da data-base, discutir propostas rebaixadas e abstratas. As negociações continuam até sexta-feira (30), quando a Fenaban deve apresentar a última proposta.
Com essa narrativa vergonhosa entre as partes, o Sindicato, de mãos atadas, se vê na obrigação de convocar assembleia para o dia 4, às 18h30 (horário limite). Se dependesse apenas da entidade e dos sindicatos de oposição, a greve já estaria deflagrada, porém, a Contraf-CUT é a responsável por convocar a categoria nacionalmente, mas se acovardou diante dos banqueiros.