Em janeiro, o governo Temer promoveu mais um ataque aos trabalhadores das empresas estatais: o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão editou a Resolução nº 23, que “estabelece diretrizes e parâmetros para o custeio das empresas estatais federais sobre benefícios de assistência à saúde aos empregados”.
Entre outras coisas, a resolução impôs um limite, em relação à folha de pagamento, para o custeio do benefício de assistência à saúde na modalidade autogestão. Também estabeleceu que a contribuição da empresa estatal para o custeio do benefício não poderá exceder a contribuição dos empregados.
Aproveitando-se disso, o Banco do Brasil é a primeira estatal a lançar um edital de concurso público seguindo o artigo 11 da resolução: “os editais de processos seletivos para admissão de empregados das empresas estatais federais não deverão prever o oferecimento de benefícios de assistência à saúde”. Ou seja: os novos concursados do BB não terão direito à Cassi.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região/CSP-Conlutas, esse concurso deve criar uma nova divisão no funcionalismo, além de ser um marco para o enfraquecimento futuro da Cassi, que terá cada vez menos participantes.