Ocorreu no último dia 30 a audiência que o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região solicitou ao Ministério Público do Trabalho para denunciar práticas do Bradesco que resultam no adoecimento dos trabalhadores. A audiência foi com o procurador responsável pelo processo em que o Bradesco foi condenado a pagar R$ 800 mil por danos morais coletivos decorrentes de falhas de ergonomia em seu mobiliário.
Conforme noticiamos na edição anterior deste jornal, o objetivo do Sindicato era apresentar testemunhas da coação que o banco vem realizando no sentido de obter depoimentos favoráveis no processo citado. Além disso, o Sindicato apresentou e-mails com incessantes cobranças de metas (de hora em hora) e ranqueamento individual dos empregados – essa prática fere a convenção coletiva da categoria, que proíbe a divulgação dos nomes de bancários em ranking de metas.
A audiência ocorreu na seção bauruense do MPT, e o Sindicato levou duas testemunhas. Prestaram depoimento Aloísio Cordeiro, funcionário do Bradesco e diretor do Sindicato, e Fernanda, funcionária da agência Falcão.
O Sindicato espera que, com esses depoimentos, fiquem flagrantes as práticas irregulares do Bradesco na região de Bauru e que, com o envolvimento do MPT, o assédio institucional seja inibido. “O adoecimento decorrente de assédio é cada vez mais comum no Bradesco”, afirma Priscila Rodrigues, diretora do Sindicato.