O Economus (instituto de seguridade dos funcionários da Nossa Caixa, comprada pelo Banco do Brasil em 2009) começa a cobrar neste mês as contribuições extraordinárias do Plano de Equacionamento de Deficit do Plano Regulamento Geral (Grupo C), referente ao exercício 2017.
Aprovado pelo instituto em julho do ano passado, o plano foi enviado para apreciação do patrocinador (BB) e encaminhado à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), que emitiu parecer favorável em fevereiro.
As contribuições extraordinárias serão cobradas dos participantes, aposentados e pensionistas, além do patrocinador.
Plano de Custeio
O total do deficit equacionado é de R$ 1,534 bilhão. Portanto, R$ 767 milhões serão cobertos pelo BB e os outros R$ 767 milhões, pelos trabalhadores. O prazo para o equacionamento será de 206 meses.
Quanto ao valor que cabe aos participantes, aposentados e pensionistas, o rateio foi calculado com base nas provisões matemáticas de cada um desses três grupos. Assim, participantes da ativa vão pagar uma contribuição extraordinária de 10,3% e aposentados e pensionistas, de 13,59%.
Isso sem contar as contribuições extras já vigentes, referentes aos deficits de 2005 e 2015 (veja tabela abaixo).
Ações
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o pessoal da Nossa Caixa deve ter acesso à Previ. Não é justo ficarem presos a um plano de previdência no qual praticamente não entram novos associados. Essa é uma das causas do deficit do Economus e já há uma ação civil pública, vitoriosa em primeira instância, pedindo isso.
O Sindicato também tem uma ação pleiteando que o BB repasse ao Economus os valores com que o instituto tem de arcar quando o banco é condenado em ações trabalhistas referentes a horas extras e vale-alimentação, por exemplo. Sim, o BB desrespeita a lei e a conta estoura no Economus.