Nesta quarta-feira (25), o Economus — instituto que cuida dos planos de saúde e de previdência complementar dos funcionários da extinta Nossa Caixa — anunciou oficialmente, em seu site, o reajuste do plano Economus Família. Ontem, dia 24, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região participou de uma reunião virtual com os conselheiros eleitos do instituto.
Mais de 150 funcionários da Nossa Caixa (comprada pelo Banco do Brasil no fim de 2008) participaram da reunião, durante a qual os conselheiros eleitos falaram dos problemas e das dificuldades que têm enfrentado dentro do Conselho Deliberativo, da situação crítica em que se encontram os planos de saúde, e da intransigência do BB no trato desses problemas.
Ainda, vários dos funcionários, da ativa e aposentados, manifestaram sua angústia e insegurança em relação à assistência médica e às dificuldades para permanecer nos planos diante dos atuais valores das mensalidades, além de repudiarem a intenção da direção do Economus de aumentar as mensalidades — intenção essa que foi, de fato, anunciada hoje.
De acordo com a notícia publicada pelo instituto, “o Economus Família é um plano de saúde destinado aos parentes até 4º grau dos participantes do Instituto, que tem os valores das mensalidades atualizados uma vez por ano por meio de cálculos atuariais feitos por empresa especializada”.
Além disso, diz que, considerando fatores como o perfil etário dos beneficiários, a quantidade de pessoas na carteira, o nível de utilização dos serviços, a taxa de sinistralidade no plano e a inflação médica projetada, “os estudos […] demonstram a necessidade de reajuste […] na ordem de 9,52%, para os próximos 12 meses, com vigência de setembro/21 a agosto/22”.
(Veja na imagem como ficam os valores, segunda a tabela publicada pelo próprio Economus.)
O instituto destaca que “o Economus Família é classificado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) como um plano ‘coletivo por adesão'”, e que “nessa modalidade, e pelo fato de o Economus ser uma operadora de autogestão, sem fins lucrativos, os planos não estão sujeitos ao código de defesa do consumidor e não se aplica a esses o percentual máximo de reajuste que é definido pela ANS, válido apenas para os planos classificados como individuais”.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, assim como para os conselheiros eleitos e os trabalhadores da Nossa Caixa, é preciso desencadear um processo de mobilização e luta para barrar os desmandos da direção do Economus e exigir que o BB assuma sua responsabilidade no custeio da assistência médica.
O Sindicato deve anunciar nos próximos dias diversas iniciativas nesse sentido. O único jeito de mudar a situação angustiante dos participantes do Economus é com a participação de todos na defesa de seus direitos e conquistas.