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Dias de terror no Santander

28/05/2019

Bancos: Santander

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O banco Santander começou a implementar neste mês de maio um “novo modelo de agência”. Além de criar cargos com aumento de atribuições mas sem aumento de salário, está investindo em tecnologias com o objetivo de abolir os caixas tradicionais e, assim, abrir espaço para o fechamento de centenas, talvez milhares, de postos de trabalho.

Para denunciar essas maléficas alterações à população, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região realizou na última sexta-feira, 24, em frente à agência Centro, um protesto temático, que contou com a performance do grupo de dança “Sem Limites”. Os dançarinos se caracterizaram como zumbis e fizeram a coreografia da música Thriller, de Michael Jackson.

Durante o protesto, os diretores do Sindicato denunciaram também a intransigência do banco, que se nega a reintegrar um bancário que estava no período de estabilidade pré-aposentadoria previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários. Ele foi o quinto demitido em duas semanas em Bauru e Região. Internamente, fala-se que serão vinte demissões na regional Bauru.

Para não reintegrar o bancário, o Santander alega que ele não protocolou a carta solicitando a estabilidade. “Como se fosse fácil, diante de tantos afazeres e da pressão do dia a dia, conhecer todos os direitos da convenção coletiva”, afirma Priscila Rodrigues, diretora do Sindicato que já foi funcionária do Santander.

Demissões em todo lugarA agência de notícias Reuters noticiou no último dia 14 que o Santander planeja fechar 1.150 agências na Espanha e cortar mais de 3,7 mil empregos por lá. Isso corresponde a 11% do atual quadro de funcionários no país sede do banco).

Em abril deste ano, o Santander noticiou que está planejando uma economia anual de 1,2 bilhão de euros, e que desse total, 1 bilhão de euros sairia de suas operações na Europa.

No Brasil, estima-se que mais de 100 trabalhadores tenham sido demitidos. Em Niterói (RJ), até uma funcionária com câncer, afastada para se tratar, foi alvo da ganância do Santander.

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Durante o protesto, o Sindicato deixou claro que irá ao Judiciário cobrar a multa prevista na CCT por cobrança de metas via telefone particular. A situação, que já é um terror, é agravada porque a cobrança não tem horário: começa às 7 horas da manhã e termina às 10 horas da noite. Marcos Amaral, o gerente regional, se comprometeu a coibir essa prática. Porém, ela ainda está acontecendo.

O Sindicato espera que os dias de terror no Santander cheguem ao fim. Do contrário, protestos e paralisações se intensificarão.

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