O Banco do Brasil anunciou que o sistema de metas da plataforma Conexão será estendido para escriturários e assistentes. Segundo o banco, a ampliação foi “a pedido dos funcionários que ocupam esses cargos”. Contudo, no fórum dos funcionários do BB, a medida tem sido criticada.
Além disso, a partir de agora, a plataforma Conexão passa a reunir todos os relatórios de metas em um só local e individualiza ainda mais as responsabilidades pelo alcance das metas do setor. Outra mudança é que o gestor não poderá dar a pontuação máxima para todos os funcionários, em uma mesma avaliação, porém não existe o mesmo limitador em caso de notas mínimas.
“Colocar um conexão para o escriturário/caixa é um desvio de função claro, pois o escriturário é a base da pirâmide: não assina pelo banco, não recebe comissão pra ter responsabilidades de gestão e não abre e nem fecha a agência. Como um escriturário vai ser responsável por um conexão próprio se ele não recebe pra isso?”, criticou uma bancária.
Descomissionamento
Apesar do BB ter afirmado ao movimento sindical que o processo de descomissionamento segue suspenso até a primeira quinzena de agosto, há comprovações de que a suspensão não tem sido cumprida.
Durante a última reunião dos representantes dos trabalhadores com a direção do banco, foi reforçado o pedido de suspensão até que o BB implemente correções em distorções que tornam a GDP um instrumento de assédio.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região abordou essa questão na reunião com o banco, em Brasília, no dia 5. Representantes da instituição afirmaram que, por enquanto, não irão voltar atrás dessas medidas implantadas. A entidade estuda a possibilidade de buscar a Justiça para barrar a situação.
Para o Sindicato, a mudança no Conexão é absurda e, de fato, configura como desvio de função, já que passa a cobrar de escriturários e assistentes a responsabilidade de um comissionado. Além disso, a medida tende a aumentar o adoecimento dos funcionários.