(Foto: Não é de hoje que o Sindicato combate as reestruturações cada vez mais constantes no BB. No ano passado, a entidade lutou contra o fechamento de agências e reverteu judicialmente mais de 30 descomissionamentos)
Na última quarta-feira, dia 17, em reunião com os funcionários da Superintendência Estadual do Banco do Brasil em Bauru, o superintendente Eusivaldo Vivi comunicou gerentes e analistas que a unidade será fechada no dia 2 de janeiro de 2019.
Os serviços realizados na superintendência serão, em sua maioria, centralizados em São Paulo – a parte de alta renda migrará para Ribeirão Preto. A consequência imediata é que os 24 analistas lotados em Bauru terão de escolher entre se mudar para uma dessas duas cidades ou ficar em Bauru com a opção de sofrer um downgrade de função ou então ser descomissionado.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região esteve presente na Estadual no mesmo dia, colocando-se à disposição dos colegas para enfrentar mais este ataque.
O superintendente Vivi fez uma reunião com Michele Montilha e Paulo Tonon, diretores do Sindicato, para explicar a nova organização do banco. Ele se comprometeu a acompanhar a realocação de todos os afetados nessa reestruturação.
A Gepes Bauru, o escritório digital e a plataforma de suporte existentes no prédio da Estadual não serão afetados pela mudança.
Escritório Leve
Ainda durante a reunião com o Sindicato, foi apresentada a continuação do projeto de atendimento remoto do Banco do Brasil: o Escritório Leve. Esse projeto-piloto se iniciará em Bauru no final de novembro e deve ocupar o atual espaço da Superintendência Estadual. Contará com 80 bancários, sendo 10 gerentes e 70 assistentes. O Estadual afirmou ao Sindicato que os analistas que não quiserem se transferir para São Paulo ou Ribeirão Preto terão prioridade na concorrência para as vagas de gerente.
A preocupação do Sindicato com esse novo escritório é que ele pode resultar no fechamento de mais agências em Bauru e Região.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o BB segue na contramão dos bancos privados, investindo cada vez menos em agências físicas e cada vez mais em agências virtuais.
O Sindicato vai continuar acompanhando os desdobramentos desse fechamento. “Apesar da reforma trabalhista, seguimos tendo êxito em ações de incorporação salarial, medida que evita prejuízo para o bancário descomissionado ou rebaixado de função”, lembra o diretor Paulo Tonon, que também é funcionário do BB.