Os cinco maiores bancos do País, Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa e Santander, somaram juntos R$ 50,5 bilhões, no 1º semestre de 2019, o que representa um crescimento médio nos lucros de 20,7% em relação ao mesmo período do ano passado (Caixa aumentou “apenas” 15,6%, já o Itaú, 23,6%).

Os lucros vem em uma crescente tão desproporcional frente ao resto do mundo que a unidade brasileira do Santander já é responsável por 29% do resultado global do banco. Um absurdo!

Somados, os cinco ativos totalizam R$ 6,7 trilhões e apresentaram alta média de 7,6% em relação a junho de 2018.

Importante lembrar que os bancos seguem ganhando com a prestação de serviços e a cobrança de tarifas e, apenas no 1º semestre de 2019, já arrecadaram um total de R$ 69,9 bilhões nesse item, com alta média de 4,5%. Essa receita secundária cobre com folga as despesas de pessoal dessas instituições, incluindo-se, nessa conta, o pagamento da PLR. No Santander só com arrecadação de tarifas cobre-se quase duas folhas de pagamento. No Itaú, a cobertura foi de 161,0%.

Mesmo com tanto lucro, em doze meses o Itaú fechou 983 postos de trabalho, o Banco do Brasil 1.507 e a Caixa 2.046. Além disso, o Itaú fechou 199 agências físicas, o Bradesco 119, o Banco do Brasil 48 unidades e a Caixa 12.

O Santander abriu nesse período 40 agências e aumentou seu quadro em 904 bancários. Já o Bradesco gerou 1.515 postos de trabalho. Bem pouco diante de tanto lucro!