O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região realizou na terça-feira (20), no Banco do Brasil de Avaré, uma “festa” em comemoração à transferência do gestor da unidade, que praticava assédio moral contra os funcionários. Bolo e salgadinhos foram distribuídos à população.
Em julho, o Sindicato teve conhecimento sobre o caso, através de diversas denúncias dos funcionários, e entrou em contato com a diretoria do banco cobrando medidas imediatas contra a situação e tornou pública as denúncias à população, através de um protesto na unidade. Há alguns dias, o gestor foi finalmente transferido da unidade, porém, as consequências de sua postura abusiva ainda é sentida por diversos funcionários.
Ligações em celular particular de funcionários cobrando alcance de metas individuais, cobrança exagerada e ameaçadora de reposição das horas negativas impostas pela pandemia, ameaça de descomissionamento, desvalorização de bancária em licença-maternidade, entre outras práticas do gestor, levaram ao adoecimento de ao menos seis trabalhadores. Há casos também de funcionários que chegaram a pedir transferência da unidade, após tamanha pressão e constrangimentos sofridos.
A situação, agravada por supostas irregularidades cometidas para atingimento de metas, segue sendo apurada pela auditoria do banco e também pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), que já esteve na agência e no Sindicato, investigando o caso.
O Sindicato espera que essa transferência não sirva apenas para abafar o caso. No governo Bolsonaro tornou-se comum casos de assédio dentro do BB e da Caixa. O assédio não pode ser naturalizado! Se o BB enrolar para apresentar sua apuração sobre o caso, o Sindicato está disposto a ajuizar uma ação civil pública solicitando danos morais coletivo pelo adoecimento de boa parte dos funcionários da agência.