A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) lançou no dia 28 de junho o plano de saúde “Cassi Essencial”, ao qual podem aderir funcionários, aposentados, pensionistas e ex-funcionários do BB ou da Cassi, “além de egressos das instituições financeiras incorporadas ao BB”.
O plano também admite parentes até o quarto grau de parentesco consanguíneo, parentes até o segundo grau de parentesco por afinidade, crianças ou adolescentes sob guarda ou tutela, curatelados e cônjuges ou companheiros de beneficiários ou ex-beneficiários de planos de saúde ofertados pela Cassi.
A Cassi deu um mês — até 31 de julho — para que os trabalhadores possam aderir ao Cassi Essencial sem carência.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, esse novo plano vai resultar no enfraquecimento da Cassi e na redução do número de credenciados.
O Cassi Essencial foi criado sob o argumento de atrair os participantes que cancelaram o plano Cassi Família e que desejam um plano de saúde mais barato. Só que isso não fica evidente ao se analisar o novo produto. Isso porque a Cassi não divulgou um comparativo de preços entre os planos, comprometendo a possibilidade de qualquer interessado verificar a relação “custo x benefício” mais vantajosa para ele.
Por se tratar de um plano de mercado, o Cassi Essencial não contará com o patrocínio do banco e com as contribuições patronais. Se os funcionários migrarem para o novo produto, haverá redução do número de participantes no Plano Associados e no Cassi Família, que vão ficar mais caros e vão acabar por demolir todo o sistema de solidariedade no qual se fundou a Cassi.
Além disso, a rede de credenciados do Cassi Essencial é bem menor que a dos demais planos, principalmente nos grandes centros, o que vai criar dificuldades para o atendimento dos participantes.
Por fim, o valor pago em coparticipação em exames, consultas e procedimentos neste plano é maior que nos outros, e pode não compensar a redução das contribuições mensais.