A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil estuda uma nova forma de custeio. É o que afirmou no dia 14 o diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi, Luiz Satoru, numa reunião via videoconferência com representantes do movimento sindical. A reunião foi convocada para que a Cassi apresentasse o seu Relatório de 2019.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a ideia da Cassi de alterar mais uma vez o modelo de custeio é extremamente preocupante, pois a atual diretoria, eleita pela maioria dos funcionários em 2018 para um mandato de quatro anos (até 31 de maio de 2022), é alinhada ao banco, que busca reduzir sua participação no custeio do plano de saúde.
Além disso, seria também uma violação do que foi acordado pelo próprio BB e a Contraf/CUT na época do plebiscito para alteração do estatuto, no ano passado. Ou seja: o novo estatuto já trouxe uma nova forma de custeio — que, inclusive, está sendo contestada na Justiça pelo Sindicato.
A base estrutural do atual modelo de custeio define a contribuição pelos associados de 4% sobre suas verbas salariais, com contribuição mínima de R$ 120. O banco contribui com 4,5% sobre o total das verbas salariais, com valor mínimo de R$ 135. Sobre os dependentes, os aposentados contribuem com 2%, limitado a R$ 300. Os funcionários da ativa contribuem com 1,75%, sendo 1% para o primeiro dependente, 0,5% para o segundo e 0,25% para o terceiro, também limitado a R$ 300.
Precisamos ficar atentos e unidos contra qualquer movimento nesse sentido, de onerar ainda mais os funcionários como forma de aliviar os custos do banco. A verdade é que a Cassi está sendo sucateada para a futura privatização do BB. Exemplos disso são a redução da Estratégia de Saúde da Família — um trabalho preventivo que já reduz custos operacionais — e os cortes no Programa de Auxílio Farmacêutico. Basta!