No dia 9, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região flagrou uma situação caótica no Mercantil do Brasil de Avaré: apenas um caixa eletrônico estava funcionando e mais de 40 pessoas se aglomeravam na parte externa e interna do banco para receber algum tipo de atendimento.
A maioria dos usuários e clientes que aguardavam na fila que quase deu a volta no quarteirão eram idosos. A situação foi verificada por Roberval Pereira, dirigente do Sindicato e responsável pela subsede da entidade em Avaré. “Só havia cinco funcionários para atender todas essas pessoas que estavam impacientes e revoltadas com a situação. Os bancários não tem culpa nenhuma do ocorrido, mas infelizmente são eles que sofrem as consequências”.
Sem segurança
Além do Mercantil estar com quadro reduzido de funcionários, há outro problema que tem sido observado em todas as agências da instituição no país. Desde o ano passado, não há mais vigilantes fazendo a segurança em nenhuma unidade do banco e as portas giratórias tiveram o funcionamento suspenso. Ou seja, tanto o local, quanto clientes e trabalhadores, estão desprotegidos.
No lugar desses profissionais da segurança, o banco contratou para cada agência um único trabalhador terceirizado, denominado pela instituição de “orientador”. Como o próprio nome diz, sua função se resume a orientar e direcionar os clientes e usuários para os serviços desejados (veja foto abaixo).
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, essa atitude do Mercantil do Brasil é inaceitável. Um banco que apresentou há pouco um lucro líquido de R$ 65 milhões no quarto trimestre de 2022 (avanço de 49%), com 6,1 milhões de clientes (alta de 43%) e uma carteira de crédito de R$ 11 bilhões, não possui motivos para economizar à custa da segurança dos trabalhadores e clientes.
Além disso, lamentavelmente, enquanto o banco continuar se recusando a contratar mais funcionários, o caos nas agências – como o observado em Avaré – seguirá constante.