No dia 20, o jornal O Estado de S. Paulo informou que, “depois de perder a liderança para concorrentes em áreas como a de financiamento imobiliário, a Caixa deve ficar com todo o lucro de 2017 – mais de R$ 10 bilhões – para retomar o fôlego no mercado de crédito”.
(Na verdade, a lei exige que o banco repasse 25% do resultado para o Tesouro Nacional. Então, o que vai acontecer este ano é o seguinte: a Caixa vai transferir 25% do seu lucro ao governo, mas o governo vai devolver o valor em seguida, em uma operação de capitalização.)
A reportagem, que teve acesso a informações preliminares do balanço do banco federal, lembrou que “o volume de empréstimos, que já cresceu a um ritmo de 40% ao ano, deve fechar 2017 bem perto do mesmo patamar do ano anterior”.
Ainda de acordo com o jornal, os empréstimos encontram-se empacados porque a Caixa “está perto de descumprir normas internacionais que exigem mais capital próprio para fazer frente ao risco de perdas nas operações de crédito”.
Sendo assim, “a direção do banco está encarando o resultado do ano passado como uma boia de salvação para equacionar o problema da falta de capital”, uma vez que o lucro a ser divulgado por estes dias será o maior da história da Caixa – vai bater o recorde anterior, obtido em 2015, quando a instituição lucrou R$ 7,3 bilhões.
(Bancários na Luta nº 23)