Desrespeito. É isso o que a Caixa Econômica Federal mostra aos seus empregados ao promover uma megafesta no dia 16, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Nessa festa, para 6 mil funcionários, quase tudo será custeado pelo banco, inclusive as participações de Cafu, ex-jogador da seleção, do narrador Galvão Bueno e do cantor Saulo, ex-Banda Eva. O jornal Folha de S. Paulo avalia que o evento custará cerca de R$ 25 milhões.
O absurdo é que esse evento acontecerá após a Caixa anunciar o seu “Programa Eficiência”, cuja meta é economizar R$ 2,5 bilhões até 2019. O objetivo desse programa é cortar todo tipo de custos (papel, caneta, café e até papel higiênico).
Outro ponto baixo do evento foi o convite para que Michel Temer compareça. Temer, que é um defensor da redução do papel dos bancos públicos no país, pode usar o espaço como palanque eleitoral – algo digno de embrulhar o estômago de qualquer bancário.
“Cabe aos sindicatos sérios denunciar mais esta farra com dinheiro alheio. Fora, Temer!”, diz Alexandre Morales, diretor do Sindicato e empregado da Caixa.