A Caixa Econômica Federal exonerou, no dia 11, a superintendente nacional de crédito pessoa física, que foi a responsável pela área do consignado do Auxílio Brasil.
A exoneração de Karla Montes Ferreira é uma resposta do banco depois que a instituição desobedeceu ordem da CGU (Controladoria Geral da União) e divulgou ao portal UOL documentos com tarjas (veja foto) sobre a operação do consignado, criada pelo governo Bolsonaro às vésperas da eleição.
O portal de notícias havia solicitado o documento para dar transparência a informações sobre suspeitas de uso político do crédito consignado do Auxílio Brasil. Contudo, o banco ocultou grande parte do conteúdo para esconder irregularidades, riscos financeiros e jurídicos, e informações que reforçam o uso político do consignado pela Caixa para favorecer Bolsonaro nas eleições. Depois disso, a CGU determinou que os documentos fossem enviados sem tarja, o que foi cumprido pelo banco.
Exoneração
Em nota, a Caixa informou que “a empregada de carreira está sendo dispensada da função gratificada por interesse da administração”.
De acordo com reportagem do site G1, Karla “é considerada uma excelente técnica e o lado mais frágil da cadeira decisória do banco. Isso porque para a aprovação da proposta o diretor dela e a então vice-presidente da sua área tiveram de dar o aval. Mas nenhum dos dois sofreu qualquer punição”.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a punição deve ser direcionada a todos os envolvidos no caso. Omitir a verdade e impor sigilo à informações para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultação de ato ilegal, é uma conduta ilícita e deve ser repreendida!