No início deste mês, o Bradesco demitiu imotivadamente quatro bancários que trabalhavam em cidades da região. As demissões ocorreram em Bernardino de Campos, Águas de Santa Bárbara, Cerqueira César e Itaporanga.
Todos os demitidos exerciam a função de gerente e, um deles, estava há 35 anos na instituição. O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região já está oferecendo apoio jurídico aos desligados e pretende, nos próximos dias, realizar uma série de manifestações.
Demissões e fechamentos a todo vapor
Desde o início do ano, o Bradesco já demitiu 8 funcionários na base territorial da entidade. Em todo país, entre o primeiro trimestre e o segundo, 923 postos de trabalho foram cortados. Em 12 meses foram 573. Ao final de junho, o Bradesco contava com 84.711 empregados.
Em relação ao número de agências, foram encerradas 194 unidades no segundo trimestre. Já em doze meses, o banco fechou 277 agências e abriu 78 unidades de negócio, totalizando, 2.510 agências e 809 unidades de negócios.
Lucro de R$ 4,716 bilhões
Nesta semana, a instituição anunciou que obteve lucro líquido recorrente de R$ 4,716 bilhões no segundo trimestre de 2024, crescimento de 12,0% quando comparado ao resultado do 1º trimestre. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROAE) ficou em 10,8%. A Carteira de Crédito Expandida cresceu 5,0% em doze meses e 2,5% no trimestre, atingindo R$ 912,1 bilhões.
As operações com pessoas físicas cresceram 5,7% em doze meses, chegando a R$ 381,8 bilhões, com destaque para crédito rural (+40,4%), o financiamento imobiliário (+9,4%) e o crédito pessoal (+8,0%). O segmento pessoa jurídica cresceu 4,5% em doze meses, alcançando R$ 530,3 bilhões, com destaque para o crédito rural (+32,3%), financiamento imobiliário (+20,3%) e avais e fianças (+12,7%). As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) recuaram 11,8% em doze meses, totalizando R$ 16,8 bilhões no semestre.
O total de clientes cresceu em 0,9 milhão no semestre, totalizando 72,9 milhões. Com essa gigantesca carteira de clientes e com esse lucro bilionário, é um verdadeiro disparate que o Bradesco siga demitindo trabalhadores extremamente necessários para o funcionamento e lucro do banco.