O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 9,515 bilhões no terceiro trimestre de 2024, um aumento trimestral de 0,1% e anual de 8,3%. Total de R$28,3 bilhões nos primeiros nove meses deste ano.
A carteira de crédito ampliada atingiu R$ 1,205 trilhão, com expansão de 1,9% no período e 13,0% em 12 meses. A carteira de pessoa física atingiu R$ 328,3 bilhões, com alta de 2,3% no trimestre e de 7,9% em 12 meses. A alta foi influenciada, principalmente, pelo crédito consignado. Já a carteira de pessoa jurídica apresentou crescimento de 0,1% no trimestre e 13,5% em comparação a setembro de 2023, atingindo R$ 421,6 bilhões. Em agronegócios, o banco alcançou saldo de R$ 386,6 bilhões em setembro, crescimento de 3,1% no trimestre e 13,7% na comparação anual.
O retorno sobre patrimônio (ROE) do Banco do Brasil ficou em 21,1% em setembro, de 21,6% em junho e 21,3% em setembro do ano passado.
Em 12 meses, o total de clientes (correntistas, poupadores e beneficiários do INSS) cresceu 2,51 milhões, alcançando 85,01 milhões.
Tarciana Medeiros, presidente do BB, afirmou que as expectativas do mercado financeiro diante do lucro da instituição foram alcançadas. “O mercado entendeu o novo patamar do BB, até que enfim. Cobrar esse lucro trimestral nos desafia a buscá-lo, porque sabemos que podemos.”
Postos de trabalho
Também em 12 meses, houve aumento de 2.389 postos de trabalho. Ao final de setembro de 2024, o BB contava com 87.101 funcionários. Apesar do aumento anual, entre junho e setembro deste ano, houve redução de 29 postos.
Em relação a sua estrutura física, em 12 meses, houve redução de uma agência tradicional, enquanto o número de agências digitais e especializadas aumentou em 14 unidades. Atualmente, o banco tem 3.171 agências tradicionais, 826 agências digitais e 26 Escritórios Leve.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, Tarciana Medeiros está certa em dizer que a instituição tem potencial para alcançar tamanha lucratividade. Porém, é preciso valorizar e respeitar aqueles que se dedicam diariamente por esse resultado. Apesar de ter diminuído os descomissionamentos ao longo deste ano, a instituição segue impondo metas abusivas, resultando no adoecimento dos funcionários.
Além disso, as recentes demissões por justa causa revelaram uma nova face do BB, onde os trabalhadores são silenciados e repreendidos por expressar sua indignação perante os ataques do banco. Como a entidade afirmou em nota de repúdio, é inaceitável que o BB aplique a política do medo e do terror para silenciar os trabalhadores!