A nova legislação trabalhista, somada à lei que permite a terceirização de atividades-fim, já começa a trazer prejuízos para os funcionários do Banco do Brasil.
Em conjunto com a iniciativa privada, o BB está abrindo “lojas de atendimento” com funcionários terceirizados que fazem serviços de bancários. No último dia 10, inaugurou em São Paulo a primeira unidade sob o selo “Mais BB Padronizado”.
Essa “loja” é uma parceria com a corretora de seguros Barraconi e com a Promotiva, que oferece “gestão especializada de correspondentes bancários”. A Promotiva, aliás, já é uma velha conhecida do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, visto que há tempos presta serviços terceirizados para o Banco Votorantim e a BV Financeira.
O Sindicato já estuda uma denúncia ao Ministério Público Federal contra essas novas “lojas de atendimento”, que não passam de agências bancárias disfarçadas.
Em setembro de 2016, o BB contava com 112 mil funcionários e 5.430 agências; em dezembro de 2017, só havia 99 mil bancários e 4.770 agências. Ou seja: o banco cortou 13.590 postos de trabalho e 660 agências em pouco mais de um ano.
“Temer está encolhendo o BB para deixá-lo no ponto para a privatização”, afirma Paulo Tonon, funcionário do banco e diretor do Sindicato. “Não podemos permitir isso”.
(Bancários na Luta nº 26)