O Banco do Brasil atingiu lucro líquido ajustado de R$ 37,896 bilhões em 2024, um aumento de 6,6% em comparação com o ano de 2023. O total de clientes (correntistas, poupadores e beneficiários do INSS) cresceu 2,791 milhões em 12 meses, alcançando 85,775 milhões.
Segundo o banco, o lucro foi impulsionado pelo desempenho positivo da margem financeira bruta (+11,2%), das receitas com prestação de serviços (+4,9%) e pelo controle das despesas administrativas (+4,4%).
O retorno sobre o patrimônio líquido ajustado (ROE) caiu 0,2 ponto percentual em 12 meses, e 0,3 ponto percentual em três meses, alcançando 21,4%.
A carteira de crédito ampliada do BB cresceu 15,3% em 12 meses, totalizando R$ 1,278 trilhão em dezembro de 2024. A carteira de Pessoa Física aumentou 6,8%, somando R$ 331,765 bilhões, com destaque para o crédito renegociado (19,6%), cheque especial (+12,6%) e o crédito consignado (+9,8%). Já a de Pessoa Jurídica registrou crescimento de 12,8%, alcançando R$ 346,442 bilhões. A carteira de agronegócio cresceu 11,6%, totalizando R$ 357,513 bilhões, representando 50,1% da participação do país, e a carteira destinada ao exterior teve um aumento expressivo de 73,5%.
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias aumentaram 4,9% em 12 meses, alcançando R$ 35,477 bilhões em 2024.
Redução de empregados no trimestre
Ao final de dezembro de 2024, o BB contava com 86.574 funcionários, um aumento de 354 postos de trabalho em 12 meses. No entanto, considerando o trimestre, houve redução de 527 postos.
Apesar do BB ter expandido sua estrutura, com a abertura de seis agências digitais e especializadas (totalizando 826 unidades), reduziu uma agência tradicional em 12 meses. De acordo com o último relatório, a instituição possui 3.171 agências em todo o país.
PLR
O Banco do Brasil informou que irá antecipar o pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para esta sexta-feira de Carnaval, dia 28.
Os valores correspondem à soma do módulo Fenaban e do módulo BB. Pelo módulo Fenaban, os funcionários recebem 45% do salário paradigma estipulado no acordo, acrescido de uma parcela fixa. Já no módulo BB, há uma distribuição linear de 4% do lucro do banco entre os funcionários, além de uma parcela variável.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a lucratividade bilionária do BB é resultado do esforço dos trabalhadores. No entanto, a instituição pouco reconhece e valoriza o funcionalismo, como evidenciado na última reestruturação.