O Banco da Amazônia (BASA) tem demitido diversos trabalhadores do Quadro de Apoio da instituição. Esses bancários são concursados e ingressaram no banco ainda jovens mas, agora, aos 50 e 60 anos de idade, estão sendo descartados indiscriminadamente.
O processo de demissão teve início em 2021, no governo Bolsonaro, com a justificativa de que a decisão decorre de determinação do SEST – órgão federal de controle das estatais – em função de limitação na composição do quadro de funcionários do banco. A diretoria do BASA alega que pelo limite estabelecido, é necessário demitir os funcionários mais antigos para que novos sejam contratados, a fim de suprir carências em outras áreas, sobretudo na de TI (Tecnologia da Informação).
Diante dessa situação, no início de setembro, deputados federais do PSOL e Rede escreveram uma moção de repúdio destinada ao presidente do BASA, Luiz Lessa, expressando indignação e repúdio à onda de demissões dos empregados concursados. O documento também foi apresentado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“O Banco da Amazônia tem desempenhado um papel crucial no desenvolvimento socioeconômico da região, atuando como agente promotor de crédito e investimentos em projetos que impactam diretamente a vida das populações locais. Ao demitir funcionários de forma indiscriminada, o banco não apenas desrespeita os direitos laborais fundamentais, mas também enfraquece sua capacidade de atuação e compromete seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a inclusão financeira. A demissão de funcionários concursados do Banco da Amazônia é uma afronta aos princípios da estabilidade no emprego público e da valorização dos servidores que ingressaram no setor público por mérito e através de um processo seletivo rigoroso. Essa medida não só prejudica os trabalhadores diretamente afetados, mas também enfraquece a estrutura e a missão do próprio banco em sua fundamental atuação regional”, diz trecho da moção.
Os deputados também ressaltaram que a continuidade da política de demissões injustificadas no setor público “é incompatível com a busca pela equidade e pela valorização do serviço público, pilares fundamentais para um país mais igualitário”. Portanto, exigiram a reversão das demissões e a adoção de políticas que valorizem o serviço público e seus trabalhadores.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região apoia o objetivo dessa moção de repúdio. É inaceitável que o BASA continue com esse processo de desmonte. Os trabalhadores do quadro de apoio, que dedicaram décadas de serviço ao banco público, precisam ser respeitados e valorizados!