No dia 6, bancários de todo o país se mobilizaram contra a enrolação da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) que, até o momento, não apresentou nenhuma proposta em relação às reivindicações da categoria. Vestidos com roupas pretas, os trabalhadores também protestaram contra as metas abusivas e contra o vergonhoso índice de reajuste salarial reivindicado pela Contraf-CUT.
A Confederação, responsável pela negociação com os banqueiros, quer somente a reposição da inflação (INPC acumulado entre 1º de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2024), mais 5% de aumento, seguindo o mesmo para os vales alimentação e refeição, nas parcelas fixas e tetos da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Atualmente, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) está em 3,7%. Segundo estimativas, até a data-base dos bancários o índice chegará a 4,04%.
Já o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região reivindica reajuste salarial de 35%; reposição das perdas salariais acumuladas desde o Plano Real; e PLR de 25% do lucro líquido dos bancos distribuídos de forma linear.
Migalhas do banquete
De acordo com levantamento do Dieese, entre 2003 e 2023, os maiores bancos do país tiveram aumento de 169% do lucro líquido real. Em 2023, a rentabilidade média dos bancos (capacidade de obterem retorno financeiro a partir de investimentos, em relação ao patrimônio) também foi superior à inflação. Enquanto a inflação no ano foi 4,62%, a rentabilidade foi 15%.
Em contrapartida, a remuneração média da categoria, entre 2003 e 2022, teve crescimento de apenas 16%. Ou seja, enquanto os banqueiros atingem lucros estratosféricos, os bancários ficam somente com as migalhas.
Negociações econômicas começam hoje (7)
As negociações sobre as cláusulas econômicas se iniciam nesta quarta-feira (7). A próxima mesa está agendada para o dia 13.
O Sindicato está acompanhando as discussões e irá informar qualquer novidade sobre o tema. Fiquem atentos!