Um bancário da agência central do Banco do Brasil da cidade de Uberaba (MG) foi agredido a golpes de capacete por um cliente, no dia 1º de fevereiro.
Insatisfeito com a demora no atendimento e queda do sistema, antes de partir para cima do trabalhador, o agressor tentou quebrar equipamentos da agência. O local não possuía portas giratórias, circunstância que facilitou a entrada do agressor com o capacete.
Precarização
Infelizmente, esse não é o primeiro caso de agressão a um funcionário do Banco do Brasil. Casos de violência como esse são recorrentes em todo o país, após os bancos transformarem as agências em unidades de negócio, retirando portas giratórias e até mesmo os vigilantes. Em Bauru, inclusive, um bancário da agência Rui Barbosa, localizada no Centro da cidade, foi agredido por um cliente em abril de 2021. A agência também não possuía portas giratórias.
Após tomar ciência do caso, na época, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região repudiou a falta do dispositivo na agência e cobrou do banco a urgente instalação do item, para que o controle de acesso fosse devidamente realizado e os trabalhadores pudessem exercer suas funções em segurança. Por conta dessa intervenção da entidade somada a diversas solicitações dos próprios trabalhadores, o Banco do Brasil instalou no começo deste ano, portas giratórias na agência Rui Barbosa, onde a agressão aconteceu (veja foto).
Para o Sindicato, a precarização da segurança nas agências do BB coloca gravemente em risco a vida dos trabalhadores das unidades, usuários e clientes, em troca de redução de custos para o banco. Além disso, é preciso destacar que a insatisfação dos clientes com a demora no atendimento é consequência da falta de funcionários para atender toda demanda, ou seja, enquanto essa situação perdurar, mais casos de violência contra os bancários podem acontecer.