Após trabalhadores de diversas categorias, inclusive os bancários, retornarem ao trabalho presencial e com as festas de fim de ano, o risco de disseminação da Covid-19 e do vírus H3N2 da Influenza é alto.
No dia 23, antevéspera de Natal, a Secretaria de Saúde de Bauru divulgou que cinco moradores da cidade receberam resultado positivo para H3N2. Na mesma data, quando foi divulgado o último boletim epidemiológico de Covid-19, a cidade já registrava 1.240 óbitos e 59.941 casos de coronavírus.
Segundo reportagem divulgada no Jornal da Cidade, na terça-feira (28), adultos e crianças com síndrome gripal lotaram as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do Bela Vista e do Geisel, em Bauru. Até às 15h, as equipes já tinham atendido 450 pessoas, grande parte com sintomas de gripe.
Na rede particular, a situação também gera alerta. No Pronto Atendimento Adulto do Hospital da Unimed, entre os dias 22 e 26 de dezembro, 151 pessoas foram atendidas com sintomas de gripe. O número é mais de três vezes superior às 47 atendidas entre 1 e 7 do mesmo mês (entre os dias 8 e 14, foram 69 pacientes; e do dia 15 ao 21, mais 64 pessoas).
Somente no dia 26, a Beneficência Portuguesa atendeu 80 pessoas com os mesmos sintomas, evidenciando o crescimento de casos, já que no início de dezembro, o hospital realizava diariamente 25 atendimentos desse tipo.
Banco do Brasil
Em Bauru, na segunda-feira (27), o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região precisou intervir em um caso suspeito de H3N2 em uma agência do Banco do Brasil. Por conta do banco ainda não ter protocolo sobre o tema, uma bancária que teve um familiar diagnosticado com Influenza, foi trabalhar com sintomas gripais. Após a intervenção da entidade, o banco autorizou a trabalhadora voltar para casa.
Nesta quarta-feira (29), dois funcionários da agência do BB Mary Dota foram afastados após um caso positivo de Covid-19. A agência já está recebendo higienização especializada. Paulo Tonon e Pedro Valesi, diretores do Sindicato, acompanharam a efetivação do protocolo (veja foto).
No setor jurídico do banco também há um caso suspeito de coronavírus e a trabalhadora já foi afastada.
O Sindicato ressalta a necessidade do Banco do Brasil e demais instituições criarem um protocolo referente ao vírus H3N2. Com o avanço de casos por todo o Brasil, é preciso que os bancos definam orientações e regras para proteção dos trabalhadores.
Cuide-se! Use máscara e evite aglomerações!